Arquitetura de catedrais e grandes igrejas

Catedral de Salisbury vista do leste (1220–1380). Um belo exemplo do primitivo gótico inglês e que ostenta o mais alto coruchéu da Inglaterra
Catedral de São Basílio, Moscou
Basílica de Nossa Senhora do Pilar, Saragoça, Espanha, em estilo barroco

A arquitetura de catedrais, basílicas e igrejas abaciais é caracterizada principalmente pelo grande tamanho do edifício e segue uma entre várias tradições de forma, função e estilo derivadas, em última hora de instância, das tradições arquitetônicas do velho cristianismo primitivo consolidadas durante todo período constantiniano.

Principalmente a catedrais, mas também as igrejas de abadia e as basílicas, exibem estruturas complexas que raramente são encontradas em igrejas paroquiais. Elas geralmente revelam, em grande medida, o melhor do estilo arquitetural e do trabalho dos melhores artesões de sua época, ocupando uma posição, eclesiástica e social, que as igrejas paroquiais não tinham. Estas catedrais ou grandes igrejas são, geralmente, obras-primas da região onde estão e são objeto de grande orgulho da população local. Muitas catedrais, basílicas e diversas igrejas abaciais estão entre as mais importantes obras da arquitetura mundial. Entre as principais é possível citar a Basílica de São Pedro, a Catedral de Notre-Dame de Paris, a Catedral de Colônia, a Catedral de Salisbury, a Catedral de Praga, a Basílica de Saint-Denis, Santa Maria Maggiore, a Basílica de São Vital, a Basílica de São Marcos, a Abadia de Westminster, a Catedral de São Basílio, Catedral Nacional de Washington, a Sagrada Família, obra-prima ainda incompleta de Gaudi, e a antiga igreja de Santa Sofia, recentemente transformada de museu em mesquita.

As primeiras igrejas de grande porte datam da Antiguidade Tardia. Conforme o cristianismo e a construção de igrejas e catedrais se espalhou por todo o mundo cristão, as técnicas de construção passaram a depender cada vez mais dos materiais e das habilidades dos construtores de cada região. Diferentes estilos arquitetônicos se desenvolveram e se disseminaram pelas mãos das novas ordens monásticas, de bispos de uma região nomeados para governar outra e pelas mãos de mestres pedreiros itinerantes que frequentemente serviam de arquitetos[1]. Os estilos das grandes igrejas foram chamados, sucessivamente, de : arquitetura paleocristã, bizantina, românica, gótica, renascentista, barroca, variados estilos de revivalismo do final do século XVIII até o princípio do XX e moderno[2]. E sobreposto à cada um destes estilos acadêmicos estavam os diversos estilos e características regionais. Entre estas, algumas são tão peculiares à uma região ou país que, independente do estilo, aparecem em igrejas projetadas com séculos de diferença entre si[2].

  1. John Harvey, The Gothic World.
  2. a b Sir Banister Fletcher, History of Architecture on the Comparative Method.

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